11 de janeiro de 2007

Vamo quebrá tudo!

Tem vezes que eu fico p. com o que eu escrevo. P. assim, de querer rasgar se escrevi em papel ou deletar se escrevi no computador. Mas deletar não satisfaria toda a minha raiva: eu quereria destruir tudo, o teclado onde escrevi, o HD onde o arquivo permaneceu escrito. Apagar apagar apagar. Apagar é uma virtude para quem sabe que está mal escrito. Se você lê e não se apega ao que você leu, que orgulho você terá em afirmar com todas as letras que aquilo é seu?

Rascunhar. Penso em quanto tempo se leva para fazer algo genial. Acredito na arte de um segundo e na arte de uma vida. Qual é o tempo que eu levo para fazer o que gosto, se de tudo que fiz, tão pouco gosto? É preciso papel, braço, caneta (ou lápis) para escrever? Ou um computador quântico?

Quanto tempo, quantas idéias, quantas metáforas, quantas vidas enfim. Tudo tão sublimemente efêmero. A vida, como a arte, é a perseguição de orgasmos continuados para que ao final nos sintamos vivos e felizes. O maior prazer de um ser humano é se saber infinitamente vivo. Por isso criamos e destruímos. (acho que achei uma resposta)