25 de junho de 2007

Cadernos

A coisa que eu mais amo em escrever é a liberdade que o ato me confere: sinto-me verdadeiramente livre em escrever aqui, longe de amarras e aparências que me prendem a uma realidade que nem sempre corresponde ao que verdadeiramente sinto. Tem vezes que, quando me apaixono, me apaixono pelo que é completamente errado, vai contra o sentido das coisas. Jamais poderia assumir meus amores proibídos ao público. E é aqui que eu o faço, escondido sob uma manta fina de poesia e sonhos que só assumo a dois.

9 de junho de 2007

Dualidade

Daquele outro lado, no gêmeo, eu tento manter as pontas firmes, a discrição e a impessoalidade. Mas é difícil. Quantas vezes não adiei textos por causa de estado de espírito e poética. Engolido por um círculo de estados, não me sinto bem para começar um relacionamento novo e no entanto acredito que só isso vai me trazer um pouco de verdade para a minha vida.

Já passei por barras piores, mas a simples apatia com relação ao meu estado (talvez indiferença) não me faz desgrudar os pés do chão. Fico preso e o mundo gira ao meu redor. Quero paz e fuga, mas não encontro nenhum deles parado onde estou. Em alguns momentos sinto que vou explodir e talvez essa seja minha única solução.